Select Menu

Slider

Actualidades

Angola

Musicas

economia

Economia

Racing

Videos



É aqui. É identificado bailundo. Toda a gente conhece. Huambo e Bailundo o primeiro foi o Bailundo a Construir, todos os que leram a história, até no ensino superior, há o reino do Bailundo. Não vamos encontrar o rei do Huambo, não vamos encontrar o rei do Bié. Só encontramos o reino do Bailundo, a rainha Jinga, na Matamba, o rei do Kongo, rei dos kuanhamas, estes são reinos, estão na história…
E o Ndunduma, no Bié?
Não sei, nunca li na história, não encontrei. Eu li história… Sua majestade, então é o rei dos… Dos ovimbundo.
Desde o mar de Benguela até quase a Cameia no Moxico?
Moxico não. Benguela, uma parte do Lubango (Huíla) que falam umbundo, naquelas áreas de Caconda, Kaluquembe… e a província do Bié, e, claro, o Huambo. Esses tosos falam umbundo, é mesmo aqui. As pessoas podem inventar, sou o rei se chissãlã, sou o rei de Chingolo. Por exemplo assim o Bailundo são cinco reinos, isso é falso. Não existe. Uma língua, o umbundo, com cinco reis ?
Estão a vir de onde ? Não foram reconhecidos pela história, não têm história. Por isso eles andam com placas nas suas cabeças, está aqui escrito rei do Huambo (na parte frontal), nas costas rei do Huambo, porque ninguém conhece. Para o rei do Bailundo não é preciso isso tudo, porque os mais velhos já abriram as estradas, nelas encontramos buracos, alguns ramos, algumas pedras, nós só limpampos.
E Mutu ya Kevela?
ent2Foi o vice-rei do rei Kalandula, não foi rei.
Vossa majestade pode entronizar vice-reis nas outras províncias?
Não. Na linhagem dos ovimbundo podemos tirar um vice-rei.
Referia-me às outras províncias ovimbundo
Não. Há correspondentes apenas deste reino. Para o vice-rei não, nós já temos a própria linhagem aqui. Já conhecemos a linhagem, é ali onde podemos tirar o vice-rei.
Mas há sobas grandes no Bié e Benguela, por exemplo, que respondem ao rei do Bailundo?
Certamente, e quando houver julgamentos que eles não conseguem transferem para qui, eu resolvo. A economia do reino do <Bailundo assenta em quê? Na agricultura, desde há muito tempo. Os antepassados dedicavam-se a agricultura, à caça e a pesca. Até o rei Ekuilui II intensificou a agricultura, porque era com os produtos agrícolas que ele conseguia comprar as armas, para que o colono não penetrasse aqui nesta região.
Como é que o rei do Bailundo olha para a plebe, o povo, os que não têm linhagem?
Se formos a ver, todos nós pertencemos a linhagem, a cadeira é que é uma única, só pode sentar uma pessoa. É a pele da cabra do mato, só dorme uma pessoa, para duas não serve. Porque digo isso? Digo isso porque o rei Ekuikui II teve 60 mulheres, com 60 mulheres, todos nós somos da linhagem, mas lá só entra quem pode.
Tememos que tenhamos cometido algum erro e pedimos já desculpas, porque chegamos e não sabemos como nos devemos dirigir e cumprimentar o rei, há algum ritual, algum gesto obrigatório perante o rei?
É mesmo daquela forma. Aquando da visita à ombala é que é preciso requisitos, porque ali vais encontrar a corte e é a corte que te levar aos locais que vais observar. É a corte que vai te levar até ao monte Halavala, porque aí é o local…
Não é preciso fazer uma vénia, bater palmas, baixar a cabeça?
É preciso. E nós não nos estamos a esquecer, mas também é preciso convertermo-nos àquilo que é a actualidade, porque dantes o rei não saía à toa, só uma vez por ano…
Nem qualquer pessoa poderia chegar perante o rei…
Não. É só o soba Kassoma que pode visitar o rei. Mesmo que o rei estiver gravemente doente nem todas as pessoas o visitam, é só o soba Kassoma. É o mais próximo do rei. Mas nós já não conseguimos isso, porque o rei, ao sair, tem de ser tipoiado, mas nós ainda somos estudantes, se metermos isso na prática… nós queremos conhecer o direito positivo para compararmos com o direito costumeiro.
Tem consigo uma bengala ou septro…
É o poder. Este é o poder. Isto aqui é leão (e mostrou outras cabeças de leão esculpidas no trono), isto aqui está atento a quem vai mexer no rei…
Não é qualquer pessoa que pode tocar nesta cadeira?
Não.
E a bengala tem poderes?
Tem poderes sem limites, eu entro em qualquer sítio, os meus poderes não têm limites
Como é o seu convívio com os colegas na faculdade?
Normal, discreto, há quem passe, entre professores e estudantes, cinco meses sem saber que o rei está aí. Quando fiz o primeiro ano da faculdade houve professores que nem me conheceram.
Como se prepara o próximo rei?
Não sou eu que preparo, é a corte, porque eu posso preparar uma pessoa falsa.
Não tem de ser necessariamente o filho?
O filho não, porque às vezes a senhora é que nos fala que o filho é nosso, mas nós não sabemos se é mesmo nosso. Por isso um príncipe, o filho, não pode substituir o rei, só o sobrinho ou o neto. Porque vimos a nossa irmã grávida, a ter o bebé…
É sobrinho, mas tem de ser filho da irmã e não o irmão?
Da irmã, este é perfeito.
Peço perdão se a pergunta parecer invasiva, é permitido ao rei e aos sobas da corte ter mais do que uma mulher?
Sim, é permitido,
E tem de assumir e legalizar todas?
Sim, todas. Só que te twavanja k’ovava lo k’osema, porque às vezes não conseguimos sustentá-las, ndipwa tuyola po k’osema nda katchikwata ndipwa tuyola po k’ovava… pamwe tuyola ko po k’osema, ovava atito katchikualakuale, pamwe tuyola ko k’ovava lyatchiula. Porquê? Os nossos mais velhos tinham muitas senhoras porque não havia investimentos, não é como nós, eu também quero ter um filho doutor e para formar um filho é preciso investir, e o rei que o vencimento dele é só vinte mil, chega, tendo muitas senhoras? Os mais velhos tinham porque era o rei com o seu povo, toda a riqueza e tudo o que faziam era a agricultura e a caça.
Hoje ainda se paga tributo ao rei?


Não, ninguém.
-

Na tarde de Terça-feira ,19, uma zungueira, de nome Ferdinanda André, foi atropelada por um camião enquanto atravessava a estrada a correr em fuga aos fiscais no Lobito. Do embate resultou a amputação instantânea da sua perna esquerda.
Segundo contam as testemunhas oculares, o trágico incidente aconteceu na Terça-feira, pouco antes das 2:00h da tarde, quando surgiram agentes da Repartição Fiscal do Lobito que desceram da viatura de trabalho e encetaram uma perseguição às zungueiras que se encontravam a vender os seus produtos num dos passeios do bairro da Caponte. Com medo de perder o sustento, Ferdinanda desata a correr para atravessar a estrada, transportando consigo a mercadoria, quando é colhida por um camião que, ao passar com a roda traseira por cima da sua perna esquerda, amputou-a de imediato.
No caos que se gerou, com gritos e choro de Ferdinanda, os presentes contam que os fiscais não tentaram auxiliar a senhora que ficou sem uma das pernas, estendida sobre a poça do seu sangue na estrada, em frente ao conhecido “prédio do 10º”. Os primeiros socorros foram prestados por outra zungueira, que correu ao encontro de Ferdinanda, a quem se juntaram as demais. No final, passado demasiado tempo, dizem as testemunhas, a lesada foi levada ao Hospital Central do Lobito, no Compão. A vítima, com cerca de 30 anos deidade, é natural do Uíge.
Para além dos quatro filhos pequenos, cuida também de três irmãos, o marido é militar e trabalha noutra cidade, pelo que está agora entregue à sua sorte. As zungueiras estão revoltadas com os agentes da Repartição das Finanças a quem chamam pejorativamente de “quata-quata” e “gatunos”. Os Lobitangas estão solidários com Ferdinanda, acusam os agentes fiscais em geral de estarem embriagados ou sob o efeito de estupefacientes, de serem mal-educados e demasiado violentos, criticam-nos também por não recorrerem ao diálogo e terem partido logo para a “caçada” e, caso não o tivessem feito, Ferdinanda teria ainda as duas pernas intactas e saudáveis.
Contudo, as opiniões dividem-se, pois há quem julgue a senhora culpada por ter perdido a perna, pois muitas foram as vezes em que as notificaram. Sem efeito, retornam aos passeios em frente ao “prédio do 10º” para levar adiante os seus negócios, pois consideram ser o melhor ponto de venda. O director municipal da Repartição Fiscal do Lobito, José Pina, pronunciou-se no mesmo dia em defesa dos seus agentes e afirma que o incidente não foi protagonizado por nenhum fiscal, porquanto “nenhum fiscal desceu do carro, antes pelo contrário, os fiscais seguiam em direcção ao bairro da Luz, com o intuito de ver uma obra que lá está a ser construída, e estavam parados no semáforo quando deram conta do acidente.
Quero dizer à sociedade Lobitanga que o cenário não ocorreu conforme está a ser pintado publicamente.” Já o administrador municipal do Lobito, Alberto Ngongo, em visita ao Hospital na manhã de ontem, avançou que, apesar de não ter ainda recebido o relatório oficial da ocorrência por parte da Polícia, “todo o possivel exagero da actuação do agente de fiscalização e do funcionário da Administração Municipal será responsabilizado individualmente de acordo à Lei Geral de Trabalho.”
Vitíma interna teme pelo seu futuro
vitimaFerdinanda André, após a cirurgia bem sucedida, continua internada no Hospital do Lobito. O médico responsável assegurou que tem tido uma boa recuperação. Todavia, a jovem senhora, vítima de amputação, mostra-se triste, abalada com a desgraça de que foi alvo, e preocupa-se com o seu futuro, declarando: “não esperava por isso, lamento mesmo… Nenhum ser humano que perde uma parte do corpo assim (…)”, Ressentida com a acção dos agentes fiscais, que considera negligente, diz: “o comportamento desses homens da Administração está reprovado! Nós vendemos lá porque, não sei se eles têm conhecimento, mas no Lobito faltam praças. Lá nas salinas, que arrendaram, quando a chuva cai, fica tudo cheio de água.
Nós fomos para lá, mas começaram a vender os lugares às pessoas que têm mais dinheiro. Na situação em que o país vive, a pessoa tem de sair de casa para ir arranjar pão para sustento dos filhos. Tenho de ajudar o meu marido”. Quando questionada se se sente satisfeita com a visita que recebeu do administrador municipal, responde sem delongas: “Não. Infelizmente não. Porque eles deveriam pensar nisso antes, deveriam saber que se os povos estão a vender nas ruas é porque procuram sustentar as suas famílias, temos todos o direito de trabalhar”.
-
21 de Abril, 2016
Fotografia: JA
O Instituto Nacional de Desminagem (INAD) removeu artefactos de guerra nos municípios da provincial do Huambo, nomeadamente:
 Ucuma e Chicala-Cholohanga na sequência de denúncias feitas por populares, anunciou ontem o chefe do departamento local do instituto. 
Victor Jorge disse que foram recolhidas granadas, minas e projécteis e indicou que o Instituto Nacional de Desminagem removeu e destruiu 14 minas antitanque, uma mina antipessoal, 33 engenhos explosivos não detonados, 246 munições e 23.149 metais detectados em diversas localidades dos municípios do Huambo e Chicala Cholohanga. Victor Jorge disse que, este ano, a instituição está empenhada em desenvolver acções de desminagem e verificação das áreas de reassentamento dos ex-militares e veteranos da pátria, na localidade de Liambambi, no município da Chicala Cholohanga, onde foram já clarificados 2.043 metros quadrados. Victor Jorge anunciou para este ano trabalhos de pesquisa das áreas suspeitas de minas.
-
21 de Abril, 2016
Fotografia: Rogério Tuti
O Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do MPLA promoveu, ontem, em Cabinda, um ciclo de debates com o tema “figuras históricas” em reconhecimento ao empenho e o contributo de muitos nacionalistas na libertação do país.
O primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, o Presidente José Eduardo dos Santos, o nacionalista Roque Ntchiendo e Spiel Tendel Maurício, os dois últimos nascidos em Cabinda, foram algumas das figuras enaltecidas nos debates, que tiveram como prelectores Santana André Pitra “Petrof”, o reitor da Universidade 11 de Novembro, João Fernando Manuel, e o secretário do Comité Provincial do MPLA para a Informação, Daniel Pemo.
Ao destacar a figura do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, João Fernando disse que foi um homem com qualidades raras, pois era um médico profundamente humano, incansável servidor do povo, homem de solidariedade internacional, fiel até aos últimos instantes da sua vida. Após a morte de Agostinho Neto, a 10 de Setembro de 1979, o Presidente José Eduardo dos Santos assumiu a chefia do Estado num contexto difícil marcado por insegurança interna, com a eclosão da guerra fratricida e com as tropas sul-africanas e do Zaire a invadirem o país, mas graças à pronta intervenção das e FAPLA e o apoio dos internacionalistas cubanos, foram rechaçadas.
De lá para cá, acrescentou o reitor João Manuel Fernando, o Presidente da República José Eduardo dos Santos revelou-se um homem reconciliador e pacificador. Os acordos de paz e de reconciliação nacional, assinados a 4 de Abril de 2002, sublinhou, demonstram a solidariedade, patriotismo e espírito humanista do estadista angolano. “O sentimento de unidade nacional e amor ao próximo são virtudes que sobressaem na atitude, comportamento e “modus vivendi” do Presidente José Eduardo dos Santos”, acrescentou.
Santana André Pitra “Petrof” descreveu o nacionalista Roque Ntchiendo, seu companheiro de guerrilha, como um homem que desde a sua juventude se dedicou à causa da luta de libertação nacional. A partir das bases militares do MPLA, no alto Maiombe, lembrou, Roque Ntchiendo servia de guia aos guerrilheiros do MPLA e era o tradutor do presidente António Agostinho Neto.
A sua participação activa na luta de libertação nacional, acrescentou, contribuiu para o alcance da independência nacional. Pitra Petrof aconselhou os jovens a valorizarem e preservarem a paz e a independência do país, criando boas iniciativas para o bem das futuras gerações.
Daniel Pemo, secretário para a Informação do Comité Provincial do MPLA, destacou a figura de Spiel Tendel Maurício, natural do Zenga, município de Cacongo, que em 1975 integrou as fileiras do MPLA a partir do Congo Kinshasa, organizando células deste movimento nas localidades do Muanda, Boma e Banana, regiões do Baixo Congo. A directora do Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do MPLA, Fátima Viegas, informou que os debates se enquadram no programa “Educar para a cidadania e educação cívica e patriótica”.
redigido por alfes 
-

Fotografia: Santos Pedro
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Mangueira, defendeu ontem, em Nova Iorque, maior debate em torno de temas como a legalização e a pena de morte associadas ao consumo de drogas.
Rui Mangueira quer maior colaboração entre os países para evitar o consumo e a criação de leis de combate às drogas. Em declarações à Rádio ONU, em Nova Iorque, à margem da sessão especial da Assembleia Geral sobre o problema mundial das drogas, Rui Mangueira disse que está em construção, em Angola, um centro para tratar toxicodependentes. Ao mesmo tempo, as autoridades estimulam a participação da sociedade civil no combate ao flagelo.
“A grande questão que se coloca é cooperarmos no sentido de prevenir o fenómeno", disse o ministro, sublinhando que o consumo de drogas em Angola “ainda não é preocupante, mas é preciso prevenir que o problema chegue a esse ponto”.
A droga mais usada no país é a cannabis, num fenómeno que o ministro considera “de natureza cultural e que deve ser combatido antes de se alastrar para outros lugares”.
O ministro falou também das penalizações e sugeriu que as grandes penas sejam para o tráfico. "É neste sentido que devemos trabalhar com todos os Estados, sejam da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e membros da Nações Unidas”, declarou.
Rui Mangueira falou dos avanços nas acções e revelou que foi aberto, em Luanda, o Instituto Nacional de Luta contra as Drogas, concentrado na prevenção do consumo, como parte de um plano nacional contra o flagelo. O ministro disse que o mundo deve pensar na revisão da pena capital associada às drogas, uma punição que não é aplicada em Angola.

Organizações criminosas


Na abertura da reunião, na terça-feira, o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, afirmou que o tráfico de drogas e as organizações criminosas fomentam a violência e a corrupção e enfraquecem as instituições o Estado de direito.
“O problema das drogas afecta todas as nações e todos os sectores da sociedade”, disse Jan Eliasson, e realçou que os lucros do tráfico de drogas estão financiando o terrorismo e o extremismo violento no mundo actual”. Eliasson afirmou que as políticas de combate devem usar de todos os meios para solucionar o problema. Ao mesmo tempo, devem respeitar os direitos humanos e considerar alternativas a sentenças de prisão e a outros tipos de punição, incluindo encarceramento ou pena de morte.
O director executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) Yuri Fedotov, afirmou que as políticas globais de drogas devem colocar a “pessoa”em primeiro lugar. “Isso quer dizer que devem ser utilizados métodos equilibrados que respeitem os direitos humanos, de saúde e que promovam a segurança de todas as sociedades”. O documento final aprovado pelos Estados-membros reafirma o compromisso e objectivos da comunidade internacional que reúnem três convenções internacionais sobre o controlo das drogas. Yuri Fedotov disse que “a determinação é atacar o problema mundial das drogas e promover activamente uma sociedade livre do consumo de drogas”. O documento fornece recomendações operacionais para lidar com a redução da oferta e da procura, acesso a remédios controlados e evitar desvios.
O director executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime também cita questões de direitos humanos, envolvendo jovens, crianças e mulheres. Os Estados-membros prevêem grandes desafios contra o uso de novas substâncias psico-activas. Os países querem fortalecer a cooperação internacional e o desenvolvimento de métodos opcionais. Fedotov declarou que a “sessão especial é uma oportunidade para que a comunidade internacional possa ter uma compreensão maior do desafio que está a enfrentar”.
A agência da ONU prometeu apoiar os países na implementação dos termos do acordo que incluem o acesso a remédios para aliviar a dor e o sofrimento e  promover a prevenção, tratamento, reabilitação e reintegração.
A Unodc prometeu também combater o cultivo, a produção e o tráfico de drogas, assim como lutar contra o crime organizado, a lavagem de dinheiro e o financiamento ilícito. Ainda na lista estão o combate à corrupção, ao crime organizado transnacional e terrorismo.

Saúde e as drogas

A directora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, deixou claro que o problema mundial das drogas é preocupação primordial da OMS. Margaret Chan calcula que 27 milhões de pessoas no mundo têm algum tipo de dependência de drogas e mais de 400 mil morrem todos os anos por causa deste problema.
Margaret Chan explicou que os danos sociais e de saúde causados pelo uso de medicamentos psicoactivos são enormes danificam a saúde física e mental do dependente e reduzem drasticamente o tempo e a qualidade de 
-

A acusação é do Departamento de Estado Americano no seu Relatório Sobre Direitos Humanos no Mundo, divulgado esta quarta-feira, 13, em Washington, e que diz que os três mais importantes direitos humanos foram violados de forma “cruel, excessiva e degradante”.

No documento, lê-se que “outros abusos dos direitos humanos, incluindo a privação arbitrária ou ilegal da vida, más condições nas prisões e potencialmente de risco de vida, prisões e detenções arbitrárias, prisões preventivas prolongadas, impunidade dos violadores dos direitos humanos, défice de processo judicial, ineficiência judicial, despejos forçados sem compensação, restrições às organizações não-governamentais (ONG), tráfico de pessoas, limites aos direitos dos trabalhadores e trabalho forçado”, integram a longa lista apresentada pelo Governo americano.

Apesar dessa realidade, o relatório reconhece que Executivo angolano “tomou algumas medidas para processar ou punir funcionários que cometeram abusos”, mas considera que elas não foram suficientes devido à falta de bloqueios à corrupção e deficiente capacidade institucional, aliadas a “uma cultura de impunidade e corrupção governamental generalizada”.

As 35 páginas do relatório apresentam uma radiografia dos direitos humanos em Angola, com muitos dados e casos que marcaram o ano de 2015, nomeadamente a prisão de activistas, como os conhecidos revús, José Marcos Mavungo, Arão Tempo, entre outros, e acusações de organizções não-governamentais.

O documento também destaca avanços na área judicial e em questões sociais, como protecção das mulheres e crianças e põe em evidência protecção dos direitos humanos na legislação, mas que não é respeitada.

O Departamento de Estado põe ênfase no controlo quase total do Governo e da forte presença das forças de segurança na vida nacional.

“O Governo ou os seus agentes usaram força excessiva e por vezes mortal”, no exercício da sua função, de acordo com o relatório, que destaca ainda o facto de as forças de segurança terem reagido “duramente e às vezes de forma violenta a manifestações públicas contra as políticas do Governo”

A presença visível das forças de segurança, diz o documento, “foi suficiente para impedir de forma significativa actos considerados pelo Governo como manifestações ilegais, tendo as autoridades informado que “muitas manifestações públicas foram organizads por agitadores conhecidos que só procuram criar instabilidade social”.
-


Mais de 24 horas depois do maior accionista do BPI, o Caixabank (com 44%) ter anunciado a OPA voluntária sobre 100% do capital da instituição portuguesa, a Santoro, de Isabel dos Santos, quebrou o silêncio para enviar críticas fortes à gestão do BPI, ao accionista espanhol e ao governo português. O ataque ao primeiro-ministro António Costa, um dos protagonistas do dossiê, resulta numa acusação por ter tomado uma medida (a lei que permitirá a desblindagem dos estatutos) “historicamente sem precedentes” para além de “parcial” e em benefício do grupo espanhol.

“Constatamos que, apesar do construtivo envolvimento do Governo português em dada fase da conciliação do processo, foi agora tomada uma medida historicamente sem precedentes e declaradamente parcial com a aprovação do decreto-lei - identificado como "o diploma do BPI" - que favorece, uma das partes, no momento em que estas se encontravam em pleno processo negocial”, refere a Santoro no seu comunicado enviado esta terça-feira.

Ainda assim a Santoro (com 21% do BPI) lembra que “sempre esteve empenhada em contribuir para uma solução do problema, criado pelo BCE, do risco de exposição do BPI a Angola e, por isso” e “apesar da legislação” criada pelo Governo português a possibilitar a desblindagem dos estatutos para facilitar a OPA do CaixaBank ao BPI, o “dossier ficou por resolver”.

Para além do ataque ao Governo, Isabel dos Santos diz mais. Afirma que a negociação que no último ano se desenvolveu com o CaixaBank nasceu para resolver o problema da exposição do BPI ao Banco de Fomento de Angola (BFA) e não para vender a sua participação no BPI (de 21%). E diz que o acordo celebrado a 10 de Abril entre espanhóis e angolanos, com intervenção de António Costa, não foi formalizado em documentos na semana que se seguiu.

“O processo de negociação entre a Santoro e o CaixaBank nasceu com o propósito de encontrar uma forma de redução do risco do BPI a Angola por imposição do BCE ao considerar que este país não tem um sistema de supervisão bancário equivalente ao europeu”, afirma a Santoro. E, por isso, sempre defendeu que “uma decisão relativa ao BFA deveria ser encontrada ao nível do BFA”, onde o BPI possui 50,1% do capital e a Unitel (controlada por Isabel dos Santos) as restantes acções.

Todavia, adianta, tornou-se perceptível que “as exigências do CaixaBank eram focadas na aquisição da maioria do capital do BPI”, isto “independentemente” de se poder encontrar uma solução para o tema Angola.

Problemas por resolver
Em Janeiro de 2016, a Unitel avançou com uma oferta de 140 milhões para adquirir 10% do BFA, o que, no entender da Santoro, “resolveria” o problema colocado pelo BCE, uma vez que o BPI “deixaria de consolidar as contas do BFA no seu balanço”. A administração do BPI, liderada por Artur Santos Silva, recusou esta proposta.

A Santoro adianta ainda que o CaixaBank e o BPI “tinham proposto vender 50,1% do BFA” ao grupo de Isabel dos Santos (Unitel) “por 800 milhões de euros”. E que “em 2014 e 2015, o BPI “não conseguiu encontrar no mercado, apesar de um "road show" internacional, compradores dispostos a valorizar o BFA em 1600 milhões de euros”.

Face à ausência de interessados, “a Santoro propôs a cotação do BFA numa bolsa internacional, de forma a permitir a saída do BPI e garantir a liquidez aos seus investidores, ao mesmo tempo que reduzia o risco do BPI a Angola”. E que foi neste contexto que a Santoro e CaixaBank “discutiram princípios de entendimento no domingo 10 de Abril, na véspera da data limite fixada pelo BCE, sendo que estes princípios deveriam ter sido consolidados num documento a ser assinado por ambas as partes durante a semana seguinte”.

Isabel dos Santos adianta que existiam “assuntos pendentes que deveriam ser solucionados, em relação aos quais o CaixaBank recusou, dias depois, a sua formalização, nomeadamente a questão relacionada com a liquidez dos accionistas do BPI”. E o “acordo” celebrado a 10 de Abril, com mediação do Governo português “nunca foi finalizado” pelo que considera “falso ter existido qualquer quebra do acordo da parte da Santoro” como referiram quer a gestão do BPI, liderada por Fernando Ulrich, quer o CaixaBank.
- -